Há muito tempo que não coloco nada de novo no blog. Infelizmente fica muito por dizer, porque a alma é pequena, pese embora nela caiba muito. A verdade é que a formação em Portugal tem sido alvo de atentados gigantescos, perpetados pelos principais dignitários e responsáveis pelas políticas da formação em Portugal.
Se muitos fizeram por este sector, poucos e fortes os destruíram num abrir e fechar de olhos. Até vejo com espanto como é que Vitorino Seixas se mantêm um pensador assíduo das temáticas.. Ao fim, e ao cabo, quem nos permite aplicar as inovações que ele, incansavelmente, vai recolhendo e publicando no seu Blog da Formação?
Senão vejamos.
Onze anos após o início da implementação de um processo de certificação de entidades formadoras - a denominada acreditação - que fez correr litros de tinta, permitiu divulgar os benefícios e as vantagens da formação, criou correntes de desenvolvimento, pensamento, de reflexão sobre os conceitos e caminhos da formação, criou o espírito da inovação da formação, fez pensar muito técnicos, obrigou-os a desenvolver competências, a criar metodologias, e tantas coisas mais, muito mais, ... o processo caiu num "buraco".
Um buraco chamado DGERT - Direcção Geral do Emprego e Relações de Trabalho, que nada mais faz do que continuar a atribuir um reconhecimento que só serve para que as entidades formadoras possam aceder a fundos públicos, a obter a isenção do IVA e a permitir que as suas facturas possibilitem a dedução à colecta em sede de IRS.
Onde ficou o INOFOR, ou IQF, cuja finalidades garantiriam um mercado mais regulado e justo para o consumidor? Onde está a acreditação das entidades por áreas temáticas?
Depois, há o IEFP, cuja experiência e know-how do passado faz daquela instituição o ex-libris da aplicação das politicas da formação profissiional, que hoje em dia se encontra vazio de quaisquer competêcias com relevância na formação profissional, sendo quase um mero organismo executor de cursos.
A pergunta que urge fazer é.. Se a quinta fosse tua, como fazias?
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