segunda-feira, 21 de maio de 2007

Dez dicas para um formador fazer um bom Curriculum Vitae

Ao contrário do que se pensa, candidatar-se à função de formador não é o mesmo que a um emprego qualquer.
Quando a maior parte dos formadores enviam o CV para pertencer a uma bolsa de formadores caíam no erro de enviar um manacial de informação e esperam que os técnicos dessas empresas se dêem ao trabalho de os triar e classificar como formadores disto ou daquilo de forma a inseri-los na sua bolsa de formadores.

Santinhos! – o mais que podem conseguir é que sejam colocados naquele monte de CV's que estão lá ao "canto" e, um dia, quando a aquela entidade formadora tiver necessidade de um formador especifico, por entre os milhares de CV's que já lá estão acham que vão ser os escolhidos. Pois....

Para melhorar a probabilidade de expandir a sua rede de contactos e associar-se a bolsas de entidade formadoras, só há uma opção:

- construir um CV capaz de, à primeira vista, dar toda a informação relevante e necessária para o incluir nas bolsas de formadores, garantindo desde logo uma maior probabilidade de ser chamado e contratado.

Como fazer?

Primeiro, a carta de apresentação deve ser directa, diga logo o que pretende e a que áreas e temáticas se candidata a dar formação. Não fique naquela de “venho candidatar-me à função de formador...Junto anexo CV para melhor apreciação.

1. Faça um CV simples
Um C.V. deve ser um pequeno esboço do seu historial académico e profissional. Use-o para chamar atenção para os seus pontos fortes e para as suas capacidades, sem entrar no entanto em demasiados detalhes.

2. Exponha as suas realizações
Faça uso dos verbos activos, ex.: conseguir, concretizar, controlar, alcançar, liderar. Use marcas para enfatizar os sucessos chave da sua vida. Indique as suas principais áreas de actuação como formador.

3. Trabalhe em ordem inversa
Refira primeiro as suas últimas realizações depois as anteriores, não se esquecendo de incluir o nome das empresas, as datas, o cargo ocupado e uma descrição breve, e as suas realizações mais importantes.

4. Construa o seu C.V. à medida da função formador
As empresas apercebem-se logo se um C.V. foi feito especificamente para elas próprias ou se é um CV generalista. Faça-lhes sentir que conhece bem a profissão de formador e a empresa a que se está a candidatar – fale-lhes dos anúncios que viu no jornal, na posição da empresa no mercado, etc. – por forma a mostrar que está verdadeiramente interessado em trabalhar para essa entidade formadora.

5. Seja honesto
Mentir no seu C.V. é um desperdício de tempo. Se adicionar seis meses no tempo em que trabalhou numa empresa anterior lhe pode parecer uma boa ideia boa, imagine o que pode acontecer se for apanhado...

6. Habilitações
Dê apenas bastante atenção às suas realizações académicas apenas se estiver no mercado de trabalho à menos de dois anos desde que as concluiu.
Se terminou estudos à pouco tempo, outras questões relevantes que demonstram capacidades acessórias para a função são todas aquelas em que actuou como líder ou organizador, como: dirigente associativo, moderador de debates, organização de eventos, etc, que demonstre também que é um profissional com iniciativa.
As referências às habilitações profissionais são obrigatórias. Indique que é detentor de Certificado de Aptidão Pedagógica, o n.º de certificado e a validade. Para além disso, dê a entender que é quase um consultor na área em que se propõe dar formação – nas boas empresas de formação, o perfil de consultor-formador é actualmente referenciado como preferencial na contratação.

7. Não faça um C.V. testamental!
Tente mantê-lo com o máximo de duas páginas. Se não tiver espaço para toda a informação, não reduza o tamanho da letra. As letras pequenas reduzem rapidamente o interesse em ler o seu C.V..

8. Erros
Os erros ortográficos e de gramática significam que o seu C.V. vai directamente para o lixo. Nenhuma empresa contratará formadores que não sabem escrever ou não se dão ao trabalho de verificar o que fazem. Não confie na verificação automática dos processadores de texto, leia-o atentamente, várias vezes.

9. Peça ajuda
Dois pares de olhos vêm mais que um. Peça a alguém para ler o seu C.V., indicar-lhe os erros e dar sugestões.
Depois de ter lido o seu C.V. muitas vezes é difícil concentrar-se e ser objectivo. É sempre boa ideia voltar a lê-lo no dia seguinte, com a cabeça mais fresca.

10. Referências
Pese embora não seja muito comum em Portugal indicar referências no CV, as referências demonstram que é um profissional seguro e confiante nas suas capacidades e realizações.
As melhores referencias para usar são as dos responsáveis de outras entidades formadoras ou de um professor da universidade - alguém que sabe como você reage num ambiente de trabalho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei da dica, valeu bweee!